Diferenças entre Auxílio Brasil e Bolsa Família
As diferenças entre o Auxílio Brasil e o Bolsa Família contemplam pontos como público-alvo, valores e oferta de benefícios extras. Confira uma comparação entre os dois programas sociais e entenda melhor o que mudou.
O Auxílio Brasil foi criado pelo presidente Jair Bolsonaro com o objetivo de substituir o Bolsa Família. Assim, novas regras e valores passaram a valer e ainda geram dúvidas na população. Preparamos um comparativo para que você possa entender ponto a ponto.
Antes da pandemia, o Bolsa Família tinha um benefício mensal médio de R$191. Já o Auxílio Brasil, nos seus primeiros meses de existência, atingiu um valor médio de R$300. Com isso, o orçamento anual para manter o programa social do governo federal subiu de R$33,1 bilhões para R$60 bilhões.
Principais pontos de diferença entre Auxílio Brasil e Bolsa Família
Entenda melhor as diferenças entre Auxílio Brasil e Bolsa Família considerando os tópicos a seguir:
Público-alvo
Em outubro de 2021, o Bolsa Família atendia 14,6 milhões de famílias em todo país. O Auxílio Brasil, por sua vez, foi criado com a promessa de ajudar 17 milhões de famílias.
Para receber o benefício, é necessário se enquadrar em situação de extrema pobreza ou pobreza. Na segunda opção, é necessário ter como integrante do núcleo familiar pessoas com menos de 21 anos de idade ou gestantes.
O Auxílio Brasil considera pessoas extremamente pobres aquelas que pertencem a famílias com renda de até R$100 por pessoa. Pelo Bolsa Família, o valor era de R$89,00.
Para que ocorra o enquadramento na categoria “família em situação de pobreza”, a renda per capita deve ser de R$100,01 a R$200 para dar acesso ao Auxílio Brasil. Pelo Bolsa Família, o valor não podia ultrapassar R$178.
Valor
Um dos pontos que o governo federal gosta de destacar é o valor do benefício. Com a versão repaginada do programa social, houve um aumento de 17,84%, ou seja, o valor pago para as famílias subiu R$217,18.
O benefício básico do Bolsa Família, pago para famílias em situação de extrema pobreza, era de R$89. Pelo Auxílio Brasil, o valor foi ampliado para R$100. Já os benefícios variáveis, que variam de acordo com a composição da família, aumentaram de R$41 para R$49.
Houve, ainda, um reajuste no Benefício Variável vinculado ao Adolescente. Se antes o Bolsa Família pagava R$48, o Auxílio Brasil passou a pagar R$57.
A intenção do governo federal é criar um valor fixo e permanente de R$400 para o programa social. No entanto, isso implicará em tirar verbas de outras áreas, como saúde, educação e segurança.
Benefícios extras
O Auxílio Brasil procurou manter os benefícios extras do “núcleo básico” do Bolsa Família. São eles:
- Benefício Primeira Infância: pago para crianças com até 3 anos incompletos, com limite de até cinco benefícios por família.
- Benefício Composição familiar: quando há gestantes ou pessoas com idade de 3 a 21 anos no núcleo familiar. Antes, o Bolsa Família se limitava a pagar o benefício até 17 anos de idade. Neste caso, cada núcleo pode acumular até cinco benefícios.
- Benefício de Superação de Extrema Pobreza: ampara as famílias quando a renda mensal por pessoa ainda fica abaixo da linha de extrema pobreza.
Além dos benefícios acima, o Auxílio Brasil também oferece:
- Bolsa de Iniciação Científica Júnior: paga aos estudantes com bom desempenho em competições científicas.
- Auxílio Esporte Escolar: destinado aos membros de famílias assistidas pelo programa, com idade entre 12 e 17 anos, que se destacarem em jogos escolares.
- Auxílio Criança Cidadã: pago às famílias com crianças de zero a 48 meses, que não encontram vagas em creches públicas ou da rede conveniada.
- Auxílio Inclusão Produtiva Rural: ajuda agricultores familiares inscritos no CadÚnico.
- Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: beneficia pessoas inscritas no programa e que possuem emprego formal.
- Benefício Compensatório de Transição: ampara famílias que recebiam o Bolsa Família mas deixaram de constar na folha de pagamento do programa com a mudança para o Auxílio Brasil.
Permanência no programa
O antigo Bolsa Família não oferecia qualquer tipo de garantia com relação à permanência dos beneficiários no programa. Com o Auxílio Brasil, há uma segurança de 24 meses, mesmo se a renda da família assistida aumentar.